Os francos formavam uma das tribos germânicas que adentraram o espaço do império romano a partir da Frísia como foederati e estabeleceram um reino duradouro na área que cobre a maior parte da França dos dias de hoje e na região da Francônia na Alemanha, formando a semente histórica de ambos esses países modernos.

A palavra franco significava "livre" na língua franca. A liberdade não se estendia às mulheres ou à população de escravos que se instalou junto com os francos livres. Inicialmente havia duas subdivisões principais entre os francos: os francos sálios ("salgado") e os ripuários ("rio"). Por volta do século IX essa divisão havia se tornado virtualmente inexistente, mas continuou por algum tempo a ter implicações para o sistema legal sob o qual a pessoa poderia ser julgada.

Gregório menciona Clódio como o primeiro rei que começou a conquista da Gália tomando Camaracum (hoje Cambrai) e expandiu a fronteira até o rio Somme. Isso provavelmente levou algum tempo; Sidônio relata que Aetio (ou Aécio) surpreendeu os francos e os rechaçou (provavelmente por volta de 431). Esse período marca o início de uma situação que ía durar por muitos séculos: os francos germânicos se tornaram líderes sobre um número cada vez maior de subalternos galo-romanos.

É difícil estabelecer quando os povos da França deixaram de se denominar "francos" para a forma "franceses" actual. Até ao século XIII, os reis da dinastia capetiana de França continuar-se-iam a intitular rex Francorum (rei dos Francos). O termo rex Franciæ (rei de França) surgiria em um documento de 1204 no reinado de Filipe II de França e a sua utilização foi gradual, mas seria só o neto deste, São Luís, que alteraria o título oficial do monarca para rei de França.

Fim.
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